O Divã amigo de cada

Toda mulher merece um divã amigo para expressar suas emoções, frustações e decepções, e esse divã pode ser num analista ou num buteco com as amigas. Divas no Divã conta histórias de mulheres guerreiras que estão sempre disposta a superar seus fantasmas e correr em busca da sua felicidade, e essa felicidade só é encontrada quando descobrimos que o outro não é o autor deste sentimento e sim nós mesmas.

sábado, 28 de abril de 2012

O convívio...

Seria amor a primeira vista...? O dia que se conheceram parecia mágico e inesquecível ( cena de novela), todo universo conspirava para aquele encontro. Estava marcado! A carência que um tinha de encontrar o outro era tão grande que todo gesto de carinho, cuidado, atenção era bálsamo de alegria, a sede era tão profunda que somente a presença não era suficiente, seus olhares não precisavam de palavras...o desejo de viver intensamente toda aquela paixão era imediata!
Mas tudo mudou! Não se entendem mais, suas incompatibilidades são mais fortes do que a vontade de viver um grande amor sem abrir mão das suas convicções, e tudo é motivo de discórdia. Seus olhares não miram mais na mesma direção, seus sonhos deram espaço para o receio e este não permitem que eles sigam adiante, pois as feridas de outros relecionamentos são mais marcantes do que o desejo de se permitirem viver novamente com intensidade, e os traumas impedem que eles continuem sem que haja desconfiança. Onde foi que se perderam, em que momento da vida seus olhares deixaram de se encontrar? 
Enquanto o fantasma de outros relacionamentos rodarem suas vidas o amor estará fragmentado e cheio de ressentimento. É preciso também aceitar o outro como realmente ele é sem tentar modificá-lo, mas isso não implica dizer que não se possa abrir mão de alguns conceitos estabelecidos para conviver de forma harmoniosa, pois o verdadeiro amor não é aquele que aceitar tudo, pacificamente, mas sim aquele que aprende a conviver com as peculiaridades de cada um.
Sendo assim, é preciso encontar "seu eu" em particular, em silêncio para que possa encontrar as respostas dos seus anseios, só assim seus corações estarão livres para amar sem que haja traumas, pois não adianta procurar um caminho novo se não mudar o jeito de caminhar!

2 comentários:

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  2. "O inquieto coração que ama e se assusta e se acha responsável pelo céu e pela terra, o insolente coração não deixa. De que serve, pois, aspirar à liberdade? O miserável coração nasceu cativo e só no cativeiro pode viver. O que ele deseja é mesmo servidão e intranqüilidade: quer reverenciar, quer ajudar, quer vigiar, quer se romper todo. Tem que espreitar os desejos do amado, e lhe fazer as quatro vontades, e atormentá-lo com cuidados e bendizer os seus caprichos; e dessa submissão e cegueira tira a sua única felicidade."

    Raquel de Queiroz

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