O Divã amigo de cada

Toda mulher merece um divã amigo para expressar suas emoções, frustações e decepções, e esse divã pode ser num analista ou num buteco com as amigas. Divas no Divã conta histórias de mulheres guerreiras que estão sempre disposta a superar seus fantasmas e correr em busca da sua felicidade, e essa felicidade só é encontrada quando descobrimos que o outro não é o autor deste sentimento e sim nós mesmas.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pau para toda obra

A estabilidade financeira é um sonho de todos, e ter um emprego que traga segurança e autonomia é mais do que um bilhete premiado. E quando não se tem um trabalho que  proporcione respeito e segurança o fantasma do desemprego vai ser sempre uma ameaça constante, e nós mulheres somos ainda mais vulneráveis neste sentido, pois o mundo competitivo que temos hoje não permite fazermos escolhas, principalmente quando somos mães.
Em determinadas situações somos tidas como “mulheres com problemas”, por causa dos nossos filhos, ai somos obrigadas em optarmos em ser uma mãe presente ou uma profissional competente, e às vezes conciliar essas duas qualidades é mais do que uma prova de fogo. Na primeira oportunidade somos facilmente substituídas ou as primeiras a sermos demitidas quando há necessidade de cortes ou redução de pessoal. Os nossos filhos são os nossos “problemas” no mercado de trabalho, até na hora de procurar emprego umas das primeiras perguntas que fazem e se temos filhos, tipo uma seleção natural.
Por medo de ficar de fora, e pela falta de opção, somos obrigadas a aceitar certas imposições, humilhações e até mesmo falta de respeito, as dificuldades não permitem desistir e ir em busca de dias melhores. A todo o momento temos que demonstrar competência e disponibilidades, só falta mesmo falar a famosa frase: “Sou pau para toda obra”! Como se todo o universo girasse em torno das nossas obrigações profissionais. E quando por algum motivo ou por força maior temos que dizer: “Não posso”, somos colocadas em cheque mate! Toda nossa lealdade e competência são insuficientes na hora de ameaçar, todo esforço e dedicação são esquecidos e facilmente substituídos.
O medo de perder é mais forte dos que as nossas virtudes, mil coisas passam na nossa cabeça (os compromissos, os filhos...) e justamente por causa desse medo absoluto nos sentimos fragilizados, impotentes e sem perspectiva, obrigadas a aceitar todas as submissões cabíveis.

2 comentários:

  1. É fato.A igualdade na teoria é justa...
    bjsss

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  2. Quando somos mais novos, nos sujeitamos a tanta coisa... o medo de perder emprego é imenso; mas com a maturidade, aprendemos a dizer "Não posso". Hoje tenho pessoas que trabalham pra mim, e as trato com muito respeito, pois já estive no lugar deles. Adorei a postagem!
    Bjos e que seu fim de semana seja ótimo.

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